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"A um certo tempo, não deixarei que minhas lágrimas, falem-me tanto de você!"(Rosane Oliveira)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Invertidos valores

Invertidos valores
Hoje não vou rabiscar poesia...
Hoje, quero apenas falar...derramar nas linhas meu repudio...minha tristeza e
minha descrença...erupcionar o vulcão que sempre cito em meus poemas...
Poemas??
Ousadia minha pensar que o que escrevo é poesia!!
Sim!!! Ousadia!!!
Mas e daí? Eu não posso ousar??
E porque não?
Tenho o mesmo direito que teve Drummond...Florbela...e que você tem também!
Direito de não querer ler as minhas ousadias; ou de ler e achar que são mesmo
uma bosta e que nada tem de poesia.
Cada um com seu espaço. Cada um com sua competência!
Até o Lula ousou ser presidente...e ta lá...agrada uns...desagrada outros.
Porque temos que seguir normas, padrões que a sociedade diz que é certo?
Só porque alguém fez, deu certo, ficou famoso; então o caminho que ele traçou
torna-se regra?
Fernandinho Beira mar também ficou famoso!
Vamos seguir então o caminho dele?
Vou não João!
Meu caminho, eu traço...colho exemplos, arquivo experiências que me façam
crescer e ser melhor!
Não preciso ser famosa! Não preciso ser rica!
Preciso ser melhor! Preciso agradar a mim mesma!
E pra isso só preciso ser “verdade”!
Ouso ser diferente? Fugir às regras?
Claro que não! Ouso apenas naufragar em mim mesma e descobrir-me “única”!
Olho pros lados e vejo...ou melhor, “não vejo”...
Os seres, que se dizem humanos,(claro que não todos, mas uma “baciada” deles)
correm atrás do seu próprio umbigo. E pensam que o mundo gira mesmo em
torno desse orifício!
Embora, eu também goste do meu, descobri que há muito mais coisas entre o céu
e a terra que as futilidades que a sociedade nos impõe como parâmetros de
felicidade.
Precisamos de dinheiro? Sim!!! É claro que sim! Mas podemos viver com pouco,
com o suficiente, somente com o nosso, somente com o que conseguimos com
trabalho honesto!
Precisamos de carro? Sim!! Mas também podemos chegar de ônibus, de trem ou
até de bicicleta!
Vive-se bem também com pouco menos do que pensamos precisar.
Sabe, quando eu deixo meu trabalho e vou pra minha casa, sempre atravesso um
bairro (intitulado de favela pela sociedade) de baixo poder aquisitivo, onde as
pessoas se divertem em uma barraquinha na esquina. Som alto e sorrisos. As
pessoas dançam, cantam e conversam. Diversão com pouca grana!
É brega? E daí se não prejudica ninguém!?
Eu tive uma cadelinha poodle que ficou comigo 15 anos...um dia ela foi
embora...hoje eu tenho um cachorro vira-lata que me faz tão mais feliz que
minha poodle.
Ta difícil observar que só não dá pra viver ou ser feliz, sem amor!!!
E que dele sim, precisamos sempre mais e mais...queremos sempre a última gota.
Porque será?
Mergulhe em você e veja!! É porque ele preenche todas as lacunas provocadas
pelo desamor...e são tantas lacunas!
É porque ele traz a beleza interior, que a lipoescultura não é capaz!
É porque ele ensina ver bem além do azul dos olhos...alem das posses
financeiras...alem do ponteiro da balança apontando 50 kg...ele ensina ver alem
da curva da estrada...
É porque ele nos leva de volta à condição que fomos criados...
À condição de “ser humano”!
Rosane Oliveira

3 comentários:

  1. Rosane...Ah, Rosane...

    seguidamente ando por aqui, no teu blog e saio feliz com tudo que leio, mas hoje...especialmente hoje, com todo esse Teu Ver/Sentir parelho e por dentro -em alma pura- o Ser e como ser, saio extasiada. É bem assim mesmo, amiga. Amei! Assim são as pessoas maduras de sentimento, como barcos seguros, ainda que em águas revoltas da vida. Bjs

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  2. Rosane, minha querida !

    - O Fernando Pessoa plasmou que além da curva da estrada , há só a estrada , sem curva nenhuma ...
    - E a imensa maioria das pessoas que integram o que se convencionou chamar de "massas" se perdem nas "curvas" que voce cantou com em versos de profunda reflexão ...
    - A sociedade contemporânea impõe paradigmas - crueis e frios - e a felicidade vincula-se à adaptação às imagens refletidas neste falso espelho.
    - Essa "receita" que voce passa e que é comum a muitos de nós que nos entregamos à arte de ler, de escrever , significa o refúgio de uma minoria que se abriga n´uma comunidade própria, alheia aos pré_conceitos , aos "enlatados" sociais.
    - Gostei muito; parabéns minha querida !

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  3. nossaaaaaaaaaaaa simplesment d+!vc arrassohhhhhh!
    bjs

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